Paróquia da Moita

 


Neste dia em que a diocese de Setúbal dá início à celebração dos cinquenta anos de ser criada, deixo um breve depoimento/testemunho da minha passagem nos últimos anos em contributo humilde e sincero.


Sem pretensão alguma de promover seja o que for ou seja quem for, tão somente gostaria de partilhar estes anos de vivência humana, cultural e mesmo sacerdotal entre os trinta e oito anos de vida e os agora sessenta e cinco... tendo passado mais de metade do tempo como padre nesta diocese de Setúbal. Recordo bons e benéficos momentos, mas também alguns duros e de difícil gestão, humana e espiritual... Estive ao serviço com os quatro primeiros bispos da Diocese de Setúbal... como pároco, vigário forâneo, membro do conselho presbiteral e do colégio de consultores.


* Junto ao mar (13 anos menos um mês, em Sesimbra)

Simbolicamente entrei em Sesimbra no dia de S. Francisco de Assis (4 de outubro) e foi sobre a sua oração da paz que proferi as primeiras e únicas palavras nesse dia.

À época decorria a ritmo bem acelerado a preparação da ‘expo98’, onde era tratado o tema dos oceanos: entrei nas lides disso que era o ‘apostolado do mar’, colaborando com o diretor nacional e entrando num assunto que me marcou no ser e no fazer... mesmo depois desse acontecimento cultural e tendo assumido, entre 2008 e 2014 a responsabilidade de diretor nacional.

Ocorria ainda o triénio de preparação para o ‘Jubileu do ano 2000’. Isso foi motivação para desenvolver as ‘conferências quaresmais’, iniciativa que reuniu, durante treze edições, quase oito dezenas de figuras da Igreja, da cultura e mesmo da vida social. De facto, foi pela formação – em reuniões e pela escrita – que investimos e fomos ganhando a simpatia dentro e fora da Igreja. Cheguei a escrever, em simultâneo, em três jornais que se publicavam na região, alargando o âmbito a outros espaços geográficos e culturais Tentando reorganizar as forças fui percebendo que havia condições para ir mais além, dada a recetividade das pessoas e o acolhimento às propostas apresentadas: participar com um grupo da igreja nas marchas populares, incentivar o enfeite do adro pela mesma ocasião...

Numa localidade onde havia ‘os de cima? (da igreja) e ‘os de baixo’ (da capela), foi preciso algum tato e tempo para unir as duas sensibilidades e fazer uma só paróquia, onde a devoção ao Senhor Jesus das Chagas era (é) charneira social, cultural e espiritual de todos e de cada um. Que dizer do tempo de novena e da procissão a 4 de maio! Era o grande momento humano e espiritual!

Umas das mais significativas iniciativas foi o ‘Curso alpha’, que no espaço de três anos cativou mais de meio milhar de pessoas para a participação e frequência da Igreja.


* Riba Tejo (14 anos menos um mês, na Moita)

A 29 de agosto de 2010 dei entrada na Paróquia da Moita: cerca de trinta quilómetros de distância, mas com grandes diferenças do meio e das pessoas. A contra-gosto tive de aceitar uma paróquia que tem centro paroquial – coisa pouca para quem não foi preparado para ser gestor e tão pouco ‘patrão’! Mesmo sem grande conhecimento chegava a uma paróquia onde tinha havido um conflito envolvendo o agrupamento dos escuteiros, que, por sinal, estavam noutra paróquia. Soube mais tarde que o senhor Bispo quis colocar-me na Moita para derimir as contendas como tinha – segundo ele – acontecido em Sesimbra. Decorrido um ano, em 2011, os escuteiros tinham voltado ao contexto paroquial normal.

Acreditando que as propostas feita na paróquia anterior podiam resultar na Moita ainda propus as ‘conferências quaresmais’, dois anos apenas; as reuniões de preparação da liturgia e de formação cristã; as células paroquiais de evangelização... Numa tentativa de reflexão e de aprofundamento – os três centros de culto são todos de devoção mariana – fui aproveitando sobretudo o mês de maio para, em linguagem simples, tocar aspetos de orações a Nossa Senhora e também para explicar e organizar, dentro de uma certa lógica, as procissões, todas elas com dezenas de imagens em deslocação.

O tempo da pandemia – março de 2020 e maio de 2023 – transtornou ainda mais as ténues esperanças de tentar uma edição do ‘curso alpha’...

Na vertente do centro paroquial goraram-se as tentativas de construção de um novo lar, mesmo tendo sido contemplados com o PRR, mas cujos montantes atribuídos ficavam aquém dos custos... Outros o farão!




Em resumo:


Ao longo destes anos na Diocese de Setúbal, tanto em Sesimbra como na Moita, tentei vivenciar sob duas pistas de orientação: não me verem a correr como atarefado e sabendo digerir as questões – fossem quais fossem – refletindo e escrevendo – não deixando transparecer, nas palavras ditas (particularmente na liturgia), os possíveis azedumes íntimos nem as ‘naturais’ agruras pessoais.


Tive a graça de ter acesso à possibilidade de submeter alguns textos para publicação: na Paulinas Editora (20 títulos, desde 2007), na Paulus (dois títulos), na Editorial AO (dois títulos) e vários outros (num total global de mais de quarenta títulos) ainda sob a responsabilidade de associações e órgãos de comunicação social.


Sinto e rezo: depois de terdes feito tudo o que vos foi mandado, dizei: somos servos inúteis, só fizemos o que devíamos fazer!




António Sílvio Couto


(in https://aquieagoraeu.blogspot.com/)
Publicação de 17 de Julho


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Gratidão ao Padre António Sílvio Couto

Cessa funções na nossa paróquia o Padre António Sílvio Couto, a quem endereçamos o nosso muito obrigado pela sua missão de Pastor.

Sabendo que, desde o ano 2011, o Padre Sílvio escreve regularmente sobre temas da atualidade, no seu blog, que conta com mais de 212 mil visitas, neste momento de nova missão, deixamos publicado o link para que,  se possa continuar a acompanhar o  seu apostolado:

https://aquieagoraeu.blogspot.com/

Padre Sílvio, usando das palavras publicadas no último dia 15, no site da Diocese, 

"Gratidão ao Pe. António Sílvio Couto que termina o seu múnus na paróquia da Moita e regressa à Arquidiocese de Braga;" 


Nomeações para o ano pastoral de 2024-2025

No último dia 15 de Julho, a Diocese deu a conhecer os pastores que guiarão a nossa paróquia

(...)
Padres Nuno Pacheco (moderador), Nuno Rocha e Agostinho Basílio Mendes, Padres Dehonianos, nomeados Párocos IN SOLIDUM da Moita, Alhos Vedros e Santo André do Barreiro, com autorização do Superior;
(...)
https://diocese-setubal.pt/nomeacoes-para-o-ano-pastoral-2024-2025/
 

Senhores Padres, sejam muito bem vindos à Paróquia da Moita e que o Senhor guie os vossos passos nesta missão que vos é confiada

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